sábado, 23 de maio de 2015

Revista da polícia em escolas: Apoia ou não?


Queridos, Encontrei essa matéria em um grupo do face e iniciei uma conversa com os participantes.

Considerei muito proveitosa e por isso decidi postar minhas respostas aos comentários feitos. Os nomes são fictícios e só apresento as respostas, mas, por elas vocês terão a ideia do conteúdo dos comentários aos quais respondo. Depois transformarei em um texto único.

Espero que tenham paciência pra ler e, se quiserem, podem dar sua opinião, inclusive discordando de mim, se for o caso. Fiquem à vontade. O link com a reportagem está abaixo da imagem. Em seguida, está o link das discussões no face. Vamos iniciar um novo debate?


Ação da polícia nas escolas

Discussão no Facebook


Concordo, sim, que há delinquentes em nossas escolas. Mas, sejamos sensatos, essa nunca foi e jamais será a melhor solução. Expor alguém que não deve e colocá-lo em uma situação de constrangimento porque um "fulano" transgrediu, é, no mínimo injustiça. Outra coisa: O enfrentamento, como se tivéssemos lidando com bichos, não resolve o problema. O que precisamos é de alguém com ideias, com comprometimento que aceite o desafio de buscar alternativas para resolver o problema de forma humana, sem ferir direitos, sem transgredir e agredir pessoas. É claro que com uma gestão que não apoia os trabalhadores, que tenta subtrair conquistas e se mostra tão ditadora em suas ideias e ações, não esperamos uma ação melhor que esta acima. Ah, pra quem apoia essa ação, eu sou categórico em dizer que não ficaria nada satisfeito em saber que um irmão, um sobrinho ou um amigo fosse exposto dessa forma e igualado a um marginal; acredito que os pais também não conseguiriam ver seus filhos nessa situação.

Sabe JOÃO, as revistas se fazem necessárias porque já entregamos os pontos. Porque já abrimos mão da escola, do trabalho com a comunidade, já internalizamos e, muitas vezes, externalizamos, que a escola não é mais escola. Porque não cobramos do governo um trabalho efetivo de valorização dos profissionais e do espaço escolar. Os alunos "bandidos" vêem a escola como uma extensão da marginalização. E nós permitimos.

Obrigado amigo! Sou professor e tenho as mesmas indignações de todos, mas não posso me esquecer que "gente", o ser humano, sempre é possível de ser transformada com boas ações e intervenções do Estado e da sociedade em geral. Sem contar os benefícios de uma educação valorizada e levada a sério.

A discussão aqui é a seguinte: o que é escola? Qual sua função? Se apoiamos atitudes como essa (e não estou condenando quem apoia, pois cada um sabe da dor que sente) devemos lutar por mudar o nome da instituição. Não podemos mais dar aula em escola. Vamos dar aula em internatos, em centros de reabilitação, em cadeias. Nesse caso, sim, faz-se necessária a ação e a presença da polícia. Aí ficaria tudo certo. Quanto ao "cara faz", me perdoe MARIA, o cara não está fazendo muita coisa, concorda?

Balanço Geral não é parâmetro para se medir nada, pois o programa é feito para mostrar violência e aspectos negativos da sociedade. Mas concordo com você ANA sobre as ameaças que os inocentes sofrem e sobre as coações. De fato, eles não merecem e não precisam passar por isso; só não concordo que essa seja a solução. Precisamos pensar em outra alternativa.

Você disse algo sensato LUÍZA: Polícia e prevenção têm tudo a ver. É exatamente disso que estou falando. Essa ação ultrapassa a prevenção.

 HELENA, não consigo conceber que chegamos a esse ponto. Prevenção não é isso. Se nós não lutarmos pela (re) valorização da escola jamais resolveremos esse problema. Ele só aumentará. Repressão sempre gerou mais violência. E escola não é espaço para isso. Não posso aceitar.

Eu sei ANTÔNIA. Como falei anteriormente, também sou professor e compartilho dos mesmos medos, angústias, inseguranças. Se você me diz: "não sabíamos o que fazer, a situação estava difícil, incontrolável, não havia saída e chamamos a polícia". Eu vou aceitar; até apoio essa decisão. Mas do jeito como está sendo discutida a situação, eu não apoio, porque o que estou vendo é que defendem a polícia dentro das escola com essas atitudes; e isso não é certo.

Precisamos dizer aos governantes que não concordamos que essa é a saída. Se cobrarmos, eles buscarão alternativas melhores. Se apoiarmos, perderemos de vez nossas escolas e a Educação que tanto defendemos e acreditamos um dia.

Amigos, foi muito bom discutir com vocês, pois acredito muito no diálogo como meio de se interagir e compartilhar ideias. Conheci as ideias que vocês defendem e vocês conheceram as minhas. Tudo isso poderá nos fazer crescer de alguma forma (se refletirmos sobre o que lemos e escrevemos) e nos impulsionará nessa caminhada que é árdua sim. Estou saindo da discussão e deixo meus abraços. Obrigado por dar atenção a esse sonhador.

 LEO, querido, sou professor de escola pública e estudei a vida inteira em escola pública. Para você ter uma ideia, iniciei minha carreira em Águas Lindas onde fui ameaçado de levar um tiro na testa quando o tio do meu aluno saísse da cadeia. Comecei a trabalhar pela SE-DF na Ceilândia e vi muitas coisas acontecerem. Hoje, leciono em uma escola do Gama. Mas não é por ter passado por momentos críticos que deixarei de defender a escola como um espaço de cidadania, construção de conhecimento, reflexão, debates com vistas à melhoria da sociedade que a circunda, dentre outros que já conhecemos tão bem. Vamos pensar um pouco e concluirmos que para "ajudar a comunidade", ajudar a população, proteger, garantir direitos, nada está sendo feito. Essa atitude não é sinônimo de ajuda à comunidade. Para finalizar, não apoio Rollemberg nem qualquer outro governador. Apoiarei, sim, atitudes e ações coerentes que promovam e fortaleçam a Educação, resgatando seus valores e princípios que poderão transformar uma sociedade, como já dizia Paulo Freire; isso independe do nome ou do partido que lá esteja, pois não sou "direitista" nem "esquerdista".

ANDRÉ, primeiro, quero direito à defesa, pois não estou invertendo valores, muito menos culpando inocentes, pelo contrário, defendo o resgate de valores e garantia de direitos. Você concorda comigo que a polícia só entra na escola se o poder executivo lhe der a prerrogativa para tal? Ele não precisa mandar, mas pode apoiar; isso já é o bastante. Outra coisa, você está certíssimo ao afirmar que faltam políticas públicas coerentes voltadas para a Educação. A família é, sim, o berço dessa educação formadora de caráter, mas a escola é o lócus da execução prática de valores. Eu não posso, enquanto professor (e nem me intitulei "educador") aceitar que a polícia resolva os problemas da escola e da Educação. Se assim o fizer, estarei assinando o termo de falência da instituição e de tudo o que se promove em seu interior. A ordem das coisas deve ser essa: a escola/Educação transforma a sociedade, não o contrário. Como já afirmei em comentários anteriores, não estou acusando quem chamou a polícia para a ação e nem quem a apoia, pois não conheci a realidade dessas pessoas, mas emito minha opinião e minha reprovação, sim, por essa atitude.

CIDA, você acredita mesmo que a polícia não se exceda porque "alguém" está protegido pelos direitos humanos? Não vamos fechar os olhos amiga, a gente sabe que isso acontece sim, e com muita frequência. Você tem uma linha de raciocínio que gosto, mas que se perde (e não estou lhe criticando negativamente por isso). Se você continuasse defendendo as palestras, o trabalho pedagógico, uma verdadeira aula de cidadania (a ação em questão não se configura aula de cidadania), projetos voltados aos alunos e à comunidade, mudança de postura do governo (não estou nomeando pessoas nem partidos), valorização e autonomia da instituição escola, dentre outros, acredito que você faria muito sucesso. Abraços, querida.

LIA, isso não é cômico. Considero trágicas tanto a ação quanto a necessidade de discutirmos isso. Será mesmo que essa medida é "acertadíssima" e minimiza os problemas do uso e tráfico de drogas? Acredito que não. Essa ação é nada frente ao problema real, cerne da violência. Queremos, sim, mais segurança, um país livre das drogas, um governo atuante, mas esse não é o caminho. O problema não é a polícia dentro da escola, mas o que ela faz dentro da escola.

ISA, no meu tempo não passei por isso. Mesmo que tivesse passado, não precisaria apoiar algo negativo porque fizeram comigo.

Tudo bem amigo TIAGO. Opiniões dadas e pontos de vista defendidos. Vou parar por aqui porque prefiro discussões sadias que promovam reflexão e crescimento. Para não gerar agressões de outro tipo, considero sensato ficarmos como estamos. Abraços e parabéns por participar da discussão.

Preciso discordar FÁBIO. Prevenimos alguma coisa para que ela não aconteça. A prevenção vem antes do fato consumado. O que estamos vendo não é prevenção. E volto a afirmar que essa atitude não seria a prevenção correta.


 IAGO, se você ler os meus comentários anteriores verá que não critico a ação que a escola tomou, pois a situação deveria estar insustentável. Critico o apoio dado à ação, como se ela fosse a solução para todos os problemas. Ah, e volto a afirmar que eu vivo a realidade da escola, pois sou professor de escola pública há 12 anos.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Vou iniciar o trabalho com mais um gênero textual, BILHETE. As atividades elaboradas foram inspiradas (e algumas copiadas) do site Portal do Professor, onde a professora Mariane Hellen da Silva desenvoleu uma sequência com o tema. Aproveitem, usem e compartilhem. Boa aula!


domingo, 3 de maio de 2015

Revisão de Português 1º Bimestre

Essa é a revisão de Português para as atividades avaliativas do 1º Bimestre do 3º Ano. É uma atividade que fiz para passar no quadro, pois também valorizo a habilidade de escrever dos alunos.


Revisão de Matemática para o 1º bimestre

Essa é a revisão de Matemática para as atividades avaliativas do 1º Bimestre do 3º Ano. É uma atividade que fiz para passar no quadro, pois também valorizo a habilidade de escrever dos alunos.

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